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A distribuição da carga no caminhão reduz custos e surpresas na estrada

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A distribuição da carga no caminhão reduz custos e surpresas na estrada

É lei! A carga precisa estar bem distribuída e amarrada sobre a carroceria do caminhão. Mas não é somente por ser lei que deve ser cumprida. A correta distribuição e amarração da carga pode reduzir custos com manutenção e evitar multas por excesso de peso nos eixos do caminhão.

Quando a carga está posicionada de forma irregular, pesando muito sobre um eixo e deixando outro sem peso, o desgaste dos pneus no eixo sobrecarregado é muito maior. Além disso, o sistema de freios naquele eixo sofrerá mais desgaste, assim como a suspensão.

A distribuição da carga no caminhão deve ser feita de maneira uniforme, e o peso deve ser o indicado sobre cada eixo. Essa distribuição deve ser feita levando em conta o peso da carga, os tipos de materiais a serem transportados e o trajeto da rodovia que o estradeiro vai pegar.

A carga também deve estar de acordo com o tipo de caminhão – nunca pode ser superior ao limite estabelecido pelo Contran –, assim como com o tipo de carroceria e com os pontos de fixação para amarração.

A carga e sua fixação devem estar de acordo com o trajeto, como citado anteriormente, já que rodovias com muitas curvas, serras ou em más condições prejudicam a estabilidade do veículo. Nesses casos, a amarração deve ser reforçada.

Dependendo do tipo de carga, é necessário verificar a altura de empilhamento, o tipo de amarração específica, o grau de inclinação permitido e até a necessidade de refrigeração. Isso evita qualquer problema com as mercadorias e garante que elas sejam entregues no destino com a mesma qualidade com que saíram da linha de produção.

As dicas acima valem para cargas sólidas, mas o que fazer em relação ao transporte correto de cargas a granel?

As cargas a granel, como soja, milho e adubos, também precisam de cuidados no transporte. O principal é a vedação da caixa de carga para evitar o derramamento do produto nas rodovias. O caminhoneiro precisa verificar com atenção como estão as tampas e bicas da carroceria e, se houver qualquer dano, deve ser providenciado o conserto imediato.

As cargas desse tipo também precisam estar cobertas com lonas para evitar contato com água ou com outros agentes externos e para evitar que sejam jogadas pelo vento em outros veículos na estrada. Enquanto estiverem sobre a carroceria do caminhão, devem estar bem presas e seguras, assim, o caminhoneiro pode seguir viagem tranquilo.

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Caminhoneiro: o novo velho protagonista do Brasil

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Caminhoneiro: o novo velho protagonista do Brasil

O Brasil que parou o Brasil por 11 dias reivindica um lugar que perdeu e um tempo que já não existe. Neste sentido, não poderia estar mais distante dos protagonistas dos protestos de 2013

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CAMINHONEIRO: Lei do descanso, agora, é geral

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CAMINHONEIRO: Lei do descanso, agora, é geral

Desde o dia 3 de março passado, o artigo 67-C do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), que trata do tempo de direção dos motoristas profissionais, passou a valer em todas as estradas do País.

Esse artigo foi acrescentado ao CTB pela Lei 13.103, a Lei do Caminhoneiro, publicada há três anos…

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6 cuidados para utilizar aplicativos de frete com segurança

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6 cuidados para utilizar aplicativos de frete com segurança

Saiba como utilizar aplicativos de frete com segurança

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Como conseguir a primeira oportunidade como motorista profissional?

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Como conseguir a primeira oportunidade como motorista profissional?

Ser caminhoneiro é o sonho de muitos jovens pelo Brasil. Influenciados por seriados, como Carga Pesada, que mostrava as aventuras da dupla Pedro e Bino pelas estradas do Brasil, ou de simuladores de transporte, como o Euro Truck Simulator 2, muitos são os jovens que querem viver a liberdade da estrada.

Mas quais são os primeiros passos para começar na profissão? A dúvida é recorrente, já que se fala pouco sobre o assunto. Mas, esse texto pode ajudar você a dar os primeiro passos na realização do sonho de ser caminhoneiro.

O primeiro e mais importante passo dessa caminhada é obter a Carteira Nacional de Habilitação profissional, nas categorias C, D ou E, dependendo da idade e de qual tipo de veículo pretende dirigir.

A CNH C permite a direção de caminhões, com mais de 3,5 toneladas, e pode ser obtida com 19 anos, um ano após ter tirado a CNH B. A CNH D é para veículos de transporte de passageiros, que tenham capacidade acima de oito passageiros. Ela é necessária para poder dirigir vans, micro-ônibus e ônibus, em rotas urbanas e rodoviárias. A idade mínima para obtenção da CNH D é de 21 anos.

A CNH E é a mais desejada. Ela permite a direção de veículos de carga articulados, tipo carretas e bitrens, e o candidato a essa CNH precisa ter a CNH C ou D há pelo menos um ano, sendo maior de 21 anos.

Também é necessário o EAR, ou Exerce Atividade Remunerada. Essa é uma observação constante na CNH para exercer atividade remunerada com o veículo, ou seja, prestar serviço de transporte de pessoas, bens ou valores para pessoa física e/ou jurídica, autônomos ou contratados. Para obter essa certificação, o condutor será submetido a exames psicológicos e outros testes.

O segundo passo é buscar cursos específicos para o setor de transportes, como o Curso do MOPP e Curso de Transporte de Cargas Indivisíveis. Esses cursos são obrigatórios para algumas operações de transporte especiais.

O MOPP é o Curso de Movimentação Operacional de Produtos Perigosos, que serve para transporte de produtos químicos, como combustível. Outro curso muito requisitado, de Transporte de Cargas Indivisíveis, é obrigatório para operações com cargas que não podem ser transportadas desmontadas, como pás eólicas.

Para transporte de passageiros, existe ainda o Curso de Transporte Coletivo de Passageiros, que treina o candidato para o transporte de pessoas com segurança.

Algumas empresas pedem ainda cursos de NR-20 e NR-35. Essas normas regulamentadoras tratam de saúde no trabalho no manuseio de substâncias inflamáveis e trabalho em altura, respectivamente.

Após ter a CNH e os cursos nas mãos, é hora de buscar uma oportunidade. A maioria dos caminhoneiros começam trabalhando como empregados em alguma transportadora. Algumas oferecem programas de treinamento de operação de caminhões, para que os novatos possam conhecer as melhores formas de operação do veículo, de forma segura e rentável.

Para saber quais empresas dão esse treinamento, uma dica importante é conversar com outros caminhoneiros, que já tenham experiência. Muitas vezes, além de conhecerem empresas que precisam de novos motoristas, esses veteranos têm dicas importantes para quem sonha em ser caminhoneiro.

As empresas também buscam, em todas as contratações, pessoas comprometidas e profissionais. Confiar na mão de alguém, sem essas qualidades, um caminhão que chega a valer R$ 600 mil, é arriscado demais. Por isso, o melhor é buscar ser o mais profissional possível, lembrando sempre de reciclar os conhecimentos, fazer novos cursos e estar disposto a aprender sempre.

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Reduzir o consumo não é difícil, veja algumas dicas.

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Reduzir o consumo não é difícil, veja algumas dicas.

O principal custo do transporte rodoviário é o diesel. Anualmente, o caminhoneiro gasta boa parte do seu faturamento apenas pagando o combustível, e quanto menos o caminhão gastar, menor será esse custo. Por isso, é importante que o caminhoneiro dirija de forma econômica. A direção econômica se baseia em uma série de ações simples, que quando botadas em prática reduzem significativamente o consumo de combustível, diminuindo custos e também a emissão de poluentes.

O primeiro passo para ser eficiente no consumo é conhecer o caminhão que dirige. Os caminhões produzidos hoje são extremamente tecnológicos, e têm diversas ferramentas que auxiliam o caminhoneiro, tanto para facilitar a direção do veículo, como para reduzir o consumo. Mas para conseguir ter êxito no uso dessas ferramentas, é preciso conhecer o veículo, o uso de cada sistema, e a integração desses sistemas, para que se possa obter o máximo proveito de tudo o que o veículo oferece.

Para obter ainda mais economia é necessário conduzir o veículo de forma eficiente. Evitar acelerações muito bruscas, frenagens desnecessárias e uso incorreto das marchas é essencial. Falando da aceleração, o caminhoneiro deve sempre acelerar o veículo de maneira suave e contínua, para que a aceleração seja constante. Quanto mais se acelera, mais diesel é consumido.

Frear o caminhão de maneira eficiente também é necessário. Quando em velocidade de cruzeiro, muitas vezes o caminhoneiro precisa fazer pequenos ajustes na velocidade do caminhão, e nesses casos o pedal do freio deve ser deixado de lado. Para esses ajustes, o caminhoneiro tem à disposição o freio motor e o freio retarder, que é disponibilizado principalmente em caminhões pesados. Esses sistemas de freios auxiliares, quando usados de forma eficiente, reduzem o consumo e também o desgaste de componentes, como as lonas de freio. Além da correção da velocidade, esses sistemas podem ser usados para descida de serras e longos trechos em declive, deixando os freios de serviços frios e preparados para uma emergência.

O uso da marcha correta para subir ou descer também ajuda no consumo. Quanto mais acelerado o caminhão, mais ele consome, por isso, o uso de marchas mais baixas pode aumentar significativamente o consumo. Em caminhões com muitas marchas e câmbio manual, o caminhoneiro, em algumas situações, pode pular as trocas, passando de segunda para quinta marcha, por exemplo. Ao pular marchas quando possível, além da redução de consumo, o caminhão tem um desgaste menor de componentes, como a embreagem.

Outro ponto fundamental da redução de consumo é seguir à risca os limites de velocidade. O limite da rodovia é definido seguindo uma série de parâmetros, e quando o caminhoneiro segue esses limites corretamente, além de reduzir o consumo, aumenta a segurança da viagem.

Em caminhões rodoviários também estão disponíveis sistemas de redução do arrasto aerodinâmico, conhecidos como defletores de ar. O ajuste correto dos defletores, geralmente pouco acima do implemento, evita que a área frontal da carroceria aumente o arrasto aerodinâmico do veículo, gerando turbulência e aumentando o consumo. Com o ajuste correto dos defletores, o consumo de combustível pode cair até 5%.

Outras tarefas simples de serem seguidas para reduzir o consumo são a calibragem dos pneus, que devem sempre estar de acordo com o tipo de pneu e recomendações do fabricante, e também levando em consideração o tipo de carga e rotas que o veículo trafega. A manutenção do caminhão também interfere no consumo, como a lubrificação dos componentes, que reduz o atrito das peças e diminui a quantidade de energia do motor que é desperdiçada para fazê-las funcionar.

O uso de combustível de procedência também é essencial para redução do consumo. Combustível de procedência duvidosa pode estar adulterado, resultando em uma queima ineficiente. Nesse caso, o sistema de injeção de combustível do veículo injeta ainda mais diesel no motor, para que a eficiência necessária seja atingida.

A última dica e uma das mais importantes é o planejamento das rotas. Evitar estradas ruins, trechos de serras e desvios desnecessários pode reduzir o consumo significativamente nas viagens.

Seguindo essas dicas simples, o consumo do caminhão cai consideravelmente, sendo bom para o bolso do caminhoneiro e também para o meio ambiente, com menos emissão de poluentes.

Cuide do seu bruto.

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Por que não se fabricam mais caminhões bicudos no Brasil?

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Por que não se fabricam mais caminhões bicudos no Brasil?

Com apenas uma exceção, o Mercedes-Benz Atron 1935, nenhum outro caminhão bicudo, com a cabine posicionada atrás do motor, é fabricado no Brasil. Essa configuração se tornou praticamente um padrão no país desde 1960 até 2006, quando uma mudança na legislação alterou o sistema de medida dos veículos de carga no país.

Atualmente, o tamanho dos caminhões no país é regido pela Resolução 210 do Contran, publicada em 2006, que permite comprimentos de até 30 metros para rodotrens, 18,60 metros para cavalos-mecânicos com um reboque, 19,80 metros para bitrens e assim vai. Só que essa resolução mede os caminhões de para-choque a para-choque, e isso acabou com a produção dos bicudos no país.

Isso se dá por um motivo específico: espaço para a carga. Quanto mais curta a cabine, mais carga vai sobre o chassi do veículo, diferente de países como os Estados Unidos, onde o implemento é medido separado da cabine, dando liberdade para verdadeiros gigantes sobre rodas.

Mas apesar de serem produzidos aqui apenas caminhões cara-chata, com a cabine posicionada sobre o motor, esses caminhões têm cabines maiores, mais confortáveis, seguras e com melhor aerodinâmica, em comparação a muitos caminhões bicudos que eram fabricados até 2006 no Brasil.

Isso se dá pelo emprego de tecnologia na construção dos caminhões.

Mesmo assim, os caminhões bicudos são unanimidade no gosto dos caminhoneiros, que preferem caminhões antigos com um longo nariz sobre o motor a um caminhão novo cara chata.

O mesmo acontece fora do Brasil, em países com legislação semelhante à nossa, como é o caso da Europa. Lá, os caminhões bicudos também foram extintos, mas o gosto dos caminhoneiros e empresários não mudou. Tanto que muitas empresas investem pesado na conversão de caminhões cara-chata novos em caminhões bicudos.

Uma das empresas mais famosas nesse quesito é a Vlastuin Truckopbouw, que sempre faz esse tipo de conversão na Holanda. Muitos caminhões bicudos já foram construídos pela empresa. É o caso desse Scania S730T, que ganhou um imponente capô e mantém as linhas da nova geração Scania no design.

E lá na Europa, a legislação também vai permitir a volta de caminhões bicudos. Visando um aumento da segurança, aerodinâmica e eficiência dos veículos, o Parlamento Europeu aprovou em março deste ano uma resolução que permite que as montadoras desenvolvam novos caminhões bicudos, mas com capôs de apenas 90 cm de comprimento máximo.

Agora é esperar para ver os caminhões que serão lançados pelas montadoras na Europa, e torcer para que os bicudos voltem ao Brasil.

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Pagamento eletrônico de pedágio – Uma forma de ganhar tempo

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Pagamento eletrônico de pedágio – Uma forma de ganhar tempo

O mundo atual é movido por agilidade, e o caminhoneiro sabe bem da importância disso. Uma entrega atrasada apenas em algumas horas pode parar a produção de alguma fábrica e gerar muitos transtornos. Por isso, quando o caminhoneiro está na estrada, ele precisa encontrar formas de ganhar tempo sem ter problemas com as leis.

Uma das formas de economizar tempo na estrada é o uso do pagamento eletrônico de pedágios, que evita a parada total do caminhão e o uso de dinheiro em espécie. Muitas vezes, pagando o pedágio manualmente, o caminhoneiro precisa enfrentar longas filas, esperar o atendente dar o troco, o comprovante e liberar a cancela. Enquanto isso, muitos veículos já passaram pela faixa de pagamento automático, praticamente sem perder tempo.

Ou seja, instalando a tag de pagamento eletrônico no caminhão, o caminhoneiro se livra desse problema e ganha tempo e muitos quilômetros por dia. Mas além de ganhar tempo, o sistema de pagamento eletrônico tem outros benefícios.

O primeiro deles é o controle mais eficiente do custo de pedágio nas viagens. Com a instalação do sistema de pagamento eletrônico no caminhão, o caminhoneiro pode pagar os custos de pedágio de três formas: via cartão de crédito, débito automático ou com recargas (pré-pago).

Este custo é discriminado e cobrado de forma exata, sem arredondamentos de valor. Assim, o caminhoneiro pode ver o custo total dos pedágios em cada etapa de suas viagens, e consegue até se programar para rodar por outras estradas, que tenham um custo menor.

O caminhoneiro também pode evitar o uso de dinheiro em espécie. O custo de pedágio para uma carreta com seis eixos na praça de pedágio em Prudentópolis-PR, na BR-373, está em R$ 57,00. Se o caminhoneiro passar por três praças diariamente, com um custo similar, terá que ter nas mãos mais de R$ 150 por dia apenas para o pedágio. Além disso, terá que sacar dinheiro em caixas eletrônicos, se expondo a riscos.

Após a instalação, como usar?

Depois de encontrar uma operadora, o caminhoneiro instala uma tag no para-brisa do caminhão. Esta tag contém um chip eletrônico, com tecnologia RFID, que funciona por radiofrequência. Quando se aproxima da cancela de cobrança automática, em velocidade máxima de 40 km/h, o sistema do pedágio lê a tag e libera a passagem do caminhão, levantando a cancela e mostrando um sinal verde para o caminhoneiro. Após a passagem, a cancela se fecha rapidamente.

Caso a leitura do chip falhe, a cancela não abre, e o caminhoneiro deve chamar algum dos funcionários do pedágio para liberação e cobrança manual do valor. Mas atenção, caso o sistema falhe, não é aconselhável parar de forma abrupta na pista. A cancela desta área no pedágio é móvel, e o caminhoneiro pode bater nela sem que o caminhão seja danificado. Depois disso é só parar em um local seguro. Os funcionários da praça de pedágio se encarregam de voltar a cancela à posição correta e realizar a cobrança devida.

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Vale-abastecimento: solução econômica para o caminhoneiro

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Vale-abastecimento: solução econômica para o caminhoneiro

Até alguns anos atrás, era comum na negociação de frete o uso de um documento não regulamentado chamado carta-frete. A partir de 2010, sua utilização – que na época chegava aos 60 anos de uso no transporte no Brasil – foi proibida. Em seu lugar, os contratantes do frete passaram a contar com outras formas de pagar os caminhoneiros.

A carta-frete atrelava ao transporte um custo extra para o caminhoneiro e também obrigava o transportador a realizar um abastecimento, gastando no mínimo 30% do valor em postos que aceitassem esse tipo de pagamento. O custo extra provinha de um valor a mais cobrado no diesel para poder receber o saldo da carta-frete.

Após decretado o fim da carta-frete, surgiram e foram regulamentadas pelos órgãos governamentais competentes outras formas de pagamento para o caminhoneiro. Entre elas, o vale-abastecimento, uma solução pela qual o caminhoneiro recebe parte do valor devido do frete, mas que será usado exclusivamente para abastecer o caminhão.

O vale-abastecimento tem uma série de benefícios para o caminhoneiro. A principal é o abatimento de impostos. Como o pagamento é feito separado do frete, esse valor não entra nos rendimentos do caminhoneiro e, portanto, não precisará ser declarado. Isso é feito pela empresa contratante do frete, que paga diretamente ao posto de combustível.

Além da redução de impostos, o caminhoneiro garante o valor do combustível à vista na bomba.

Outro benefício são as promoções feitas por postos de combustíveis. Nessas promoções, quem usa vale-abastecimento ganha diversos brindes.

O vale-abastecimento também permite que o caminhoneiro tenha mais controle de gastos, o que é muito importante, pois é essencial que ele saiba para onde está indo cada centavo recebido pelos fretes que faz.

Mas é bom prestar atenção. Para usar o vale-abastecimento, é necessário procurar empresas homologadas pela ANTT como Administradoras de Meios de Pagamento de Frete e Vale-Pedágio. Isso garante que o caminhoneiro receba seu valor devido do frete sem problemas.

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O caminhoneiro precisa saber quanto e com que gasta

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O caminhoneiro precisa saber quanto e com que gasta

O caminhoneiro autônomo tem um faturamento alto, mas os custos com transporte esmagam sua lucratividade, fazendo sobrar pouco dinheiro de cada frete. É por isso que ele precisa ter um controle muito preciso de quanto recebe e quanto gasta para saber para onde o valor do frete está indo.

O principal custo atrelado ao frete é com combustível, já que a maior parte do valor recebido é usada para abastecer o caminhão. O segundo maior gasto do motorista é com os pneus. Apesar de caros, os pneus têm vida útil longa, podendo, inclusive, ser recapados e voltam a rodar como novos. Com o combustível, não tem jeito, o caminhão precisa dele para rodar e não há como reutilizá-lo, apenas economizar no uso, com direção consciente, por exemplo.

Mas, além desses dois gastos principais, outros gastos devem ser considerados para saber quanto sobra de cada frete, como manutenção, alimentação, pedágios, pernoite, estacionamento etc.

Uma excelente forma de controlar os gastos são as soluções de vale-abastecimento e o vale-pedágio, que se destinam exclusivamente para pagamento dessas despesas. Além da possibilidade de controlar melhor os gastos, o caminhoneiro fica isento do pagamento de impostos desses itens na declaração do imposto de renda, já que os valores de pedágio e combustível ficam fora do valor que compõe a renda do caminhoneiro.

O caminhoneiro também pode criar uma planilha e descrever diariamente o que gastou com cada viagem e quanto recebeu. Essa planilha pode ser feita em papel ou em smartphones e computadores. O Excel é uma ótima ferramenta para isso, mas também existem diversos aplicativos de controle financeiro para smartphones que podem ser usados para esse fim.

Porém, para que o controle dos gastos dê resultado, o caminhoneiro precisa ser rigoroso e preencher os dados diariamente, não pode omitir nenhum valor, ganho ou gasto nas viagens. Isso inclui aquele cafezinho em uma parada rápida e até a gorjeta dada para agradecer por um bom atendimento.

O planejamento que pode ser obtido por meio do controle de gastos também oferece ao caminhoneiro a possibilidade de saber se uma carga futura será lucrativa ou não. Assim, acaba o prejuízo nas viagens.

Além de permitir o controle de todos os gastos, o planejamento dá ao caminhoneiro a possibilidade de realizar investimento futuros, como efetuar melhorias no veículo e até a troca por um caminhão novo.

As planilhas de faturamento e custos são usadas por empresas para controlar gastos – entradas e saídas de dinheiro – e, assim, encontrar a melhor maneira de economizar, aumentando a lucratividade.

É necessário que o caminhoneiro tenha esse olhar de empresa, trabalhando em busca da rentabilidade e sustentabilidade do seu negócio, visando o lucro e almejando crescer no setor. Foi assim que muitos pequenos caminhoneiros se tornaram grandes empresários do setor de transportes, criando grandes empresas com grandes frotas. Só assim é possível ter um futuro longe do prejuízo.

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