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Veja como evitar o roubo de carga

Você sabe como evitar o roubo de carga? Afinal, esse tipo de delito na estrada continua entre os assuntos mais comentados entre os motoristas de caminhão. A insegurança na estrada é cada vez maior, e é frequente depoimentos de carreteiros que ficaram nas mãos de criminosos e tiveram suas cargas furtadas.

Para o Cel. Paulo Roberto de Souza, assessor de segurança da NTC&Logística a falta de uma legislação mais específica para punir receptadores é um dos principais fatores que contribuem para altos índices de roubos de cargas registrados anualmente no Brasil.

O coronel alerta os motoristas sobre a importância de seguirem a risca o plano de gerenciamento de risco adotado pela empresa a qual está prestando serviço. “Alguns profissionais querem fazer a sua própria rota e parar em locais que conhecem e encontram os amigos. Mas, nem sempre esta atitude é segura e pode facilitar a abordagem de criminosos. O ideal é seguir o plano da empresa que, geralmente, realiza o monitoramento e toma as dividas providências no caso de algum imprevisto”, destaca.

Dicas de como evitar o roubo de cargas

Como evitar o roubo de carga antes de iniciar a viagem

  • Verificar a manutenção do veículo
  • Verificar com a empresa o local de entrega da carga
  • Estabelecer uma rota e locais seguros de parada
  • Evitar viajar durante a noite

Como evitar o roubo de carga durante a viagem:

  • Parar apenas em lugares confiáveis
  • Evitar parar ao longo da rodovia para “bater pneu”
  • Não dar carona
  • Enquanto estiver estacionado evitar conversas sobre carga e rota
  • Caso haja a necessidade de pernoitar, travar o veículo e dormir fora do caminhão
  • Evitar os chapas na rodovia. Eles são muito perigosos e podem estar a serviço de alguma quadrilha
  • Viajar sempre com o tanque cheio
  • No caso de alguém sinalizar problemas em seu caminhão, não pare. Siga até o próximo local seguro para verificar a informação

Roubo de carga traz risco para o caminhoneiro

Além de problemas rotineiros como horários apertados, trechos de rodovias malconservados e alto custo com combustível e pedágios, o motorista de caminhão convive ainda sob constante ameaça de se tornar vítima de ladrões de carga, ser sequestrado e ter o veículo levado roubado, entre outros transtornos.

Em 2020, por exemplo, levantamento da Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística – NTC&Logística registrou 14.159 roubos de cargas ocorridos em rodovias e áreas urbanas.

O número, apesar de alto, indica queda de 23% em relação a 2019, quando os registros atingiram 18.382 casos.

Mesmo com a redução, entidade e autoridades consideram a quantidade de casos bastante alta no País, por tratar-se de um dos mais graves problemas enfrentados pelo setor do transporte rodoviário de cargas.

No entanto, a partir de 2017 as ocorrências têm caído ano a ano (vide tabela abaixo).  A redução é creditada a medidas de segurança por parte das empresas de como evitar o roubo de carga , conforme explica o assessor de segurança da NTC, e responsável pelo levantamento, Coronel Paulo Roberto de Souza.

“Os investimentos em tecnologias e medidas de segurança feitos pelas empresas, além do trabalho de órgãos de segurança pública que têm atuado no combate aos roubos de carga, são apontados como principais responsáveis pela redução no número de casos”, disse Souza.

“Os números são ainda bastante elevados, mas estamos no caminho certo no enfrentamento desse problema”, complementou o assessor de segurança da NTC.

Os produtos mais visados pelos ladrões são combustíveis, eletroeletrônicos, produtos farmacêuticos, bebidas, autopeças, defensivos agrícolas, têxteis e confecções. Segundo o levantamento da NTC, em 2020 os roubos de carga causaram prejuízo ao setor de mais de 1,2 bilhão de reais.

De acordo com o levantamento, em 2020 mais de 80% de ocorrências (11.516) aconteceram na região Sudeste do País. Os Estados com maior número de registros são o de São Paulo (41,8%) e Rio de janeiro (35,2%). Na região Sul houve registro de 1.258 casos; no Nordeste com 943, Centro-Oeste, 271, e região Norte com 171 ocorrências.

Fonte: O Carreteiro

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Tombamento é um risco real quando se dirige um caminhão

Apesar de rodarem em velocidade mais baixa e serem mais pesados, os caminhões têm centros de gravidade bem mais altos do que os automóveis, por isso estão muito propensos ao tombamento, um dos principais tipos de acidentes que envolvem esses veículos.

Isso acontece porque a carga fica a pelo menos um metro do chão, sobre os pneus e o chassi, mas pode subir até quatro metros de altura em alguns tipos de carroceria. Esse peso lá em cima facilita que o caminhão ganhe aceleração lateral, principalmente em curvas, o que causa o tombamento.

O acidente também pode acontecer em áreas com o piso desnivelado, quando o caminhão vai para o acostamento, por exemplo, pois o ângulo do piso é muito inclinado.

E geralmente o tombamento acontece em baixas velocidades. Os danos ao caminhão não são tão grandes, mas o risco para o motorista é acentuado, e esse tipo de ocorrência resulta em ferimentos graves e muitas mortes, mesmo que o caminhão tombe para o lado direito, não afetando seu posto.

Isso acontece porque muitos caminhoneiros ainda se negam a usar o cinto de segurança, o que permite que ele seja lançado pelo interior do caminhão, batendo contra o interior da cabine e até mesmo podendo ser ejetado do veículo.

Tratando-se de um acidente, ele ocorre de forma inesperada e rápida, não sendo possível se proteger sem o cinto de segurança. Por isso, o item, que é obrigatório, é tão importante para a segurança do caminhoneiro.

E, para evitar o tombamento e outros acidentes, o motorista deve sempre dirigir de forma preventiva, analisando o trajeto com cuidado e evitando velocidades acima do indicado, especialmente em trechos sinuosos ou de serra.

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Conheça a regra de ouro para o transporte de cargas líquidas

Todos os dias, milhões de litros de combustíveis, insumos e outros produtos líquidos são transportados a granel em milhares de caminhões-tanque que rodam por todo o Brasil. Esse tipo de carga precisa de um cuidado extra durante a viagem por se mover praticamente livre dentro da carroceria.

Para evitar acidentes, os motoristas de caminhões-tanque precisam seguir uma regra de ouro, de forma a evitar acidentes. Ela se chama 80/20, e não se trata de uma conta de divisão, mas da quantidade de líquido a ser transportada de forma segura.

Não é uma lei, já que não é prevista em nenhuma legislação nacional, mas é preciso atendê-la pelo ponto de vista técnico do transporte.

Quando um caminhão-tanque viaja com o tanque parcialmente cheio, o movimento da carga é intensificado, especialmente no que diz respeito ao deslocamento lateral do líquido, em um efeito chamado popularmente de “slosh”.

Quando a carga transfere seu peso de um lado para o outro dentro da carroceria, o risco de acidentes se eleva consideravelmente.

A regra 80/20 diz que o caminhão, quando parcialmente cheio, deve ter mais de 80% do tanque cheio ou menos de 20%. Acima de 80%, a massa do líquido é grande, mas o espaço para movimentação é pequeno.

Quando está abaixo de 20%, o espaço para movimentação é grande, mas a massa do líquido é pequena para afetar a estabilidade.

Com um tanque com 40% da carga, por exemplo, o espaço para movimentação é grande e a massa também, o que amplia a transferência de peso de um lado para o outro dentro da carroceria.

Ou seja, para se manter seguro no transporte rodoviário de cargas, o caminhoneiro precisa saber muito mais do que apenas dirigir um caminhão. Tem que conhecer diversos detalhes das estradas, do caminhão e, principalmente, da carga que está transportando.

Colaboração do Engenheiro Rubem Penteado de Melo.