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Acidentes com caminhões são quase 5 vezes que furto de cargas

De acordo com a análise, em 2024, a cada 10 mil deslocamentos houve 2,36 acidentes com caminhões contra 0,53 assaltos.

O índice de sinistros nas rodovias do Brasil com caminhões é 4,5 vezes superior aos casos de furto de carga, e 36% desses imprevistos envolvem outras pessoas, revela um estudo exclusivo da Pamcary. Bahia, Minas Gerais e São Paulo encabeçam a relação de estados com mais ocorrências com veículos de carga.

De acordo com a análise, em 2024, a cada 10 mil deslocamentos houve 2,36 acidentes contra 0,53 assaltos. As informações inéditas mostram ainda que, no mesmo ano, 62% das perdas com carga no setor rodoviário foram consequência de acidentes. Em outro levantamento usando informações da PRF (Polícia Rodoviária Federal), a CNT (Confederação Nacional do Transporte) calcula que, em 2024, as despesas com acidentes e fatalidades nas estradas federais envolvendo caminhões totalizaram R$ 5,1 bilhões, contra R$ 1,2 bi de roubos.

Sudeste concentra maior número de acidentes no 1º semestre

acidente com caminhões

Conforme a Pamcary, 40,6% dos registros do primeiro semestre de 2025 foram registrados na região Sudeste, seguida pelo Nordeste, com 22,7% dos eventos.

Os trajetos entre São Paulo e Rio e entre Minas e São Paulo são os mais perigosos. A BR-116 é a via com o maior número de sinistros, principalmente no segmento paulista. Em território mineiro, 92% dos acidentes sucedem na BR-381.

Volcos e capotamentos foram os incidentes mais comuns (54%), assim como os sinistros envolvendo veículos com itens perigosos e poluentes (40,4%).

Sem seguro, caminhoneiro está impedido de trabalhar

A partir de julho, a ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) passou a exigir que as empresas de transporte de carga sejam seguradas para indenizar danos causados a terceiros por veículos carregados. A cada serviço solicitado, o chamado RC-V (Responsabilidade Civil de Veículo) precisa ser emitido pela transportadora no nome e CPF do motorista. A regra estabelece que é vedado repassar o custo ao profissional ou reduzir o valor do pagamento pelo serviço.

Desde 2023, o seguro RC-V se tornou um dos três seguros exigidos por lei para o transporte rodoviário de cargas e, sem a sua apresentação, a empresa pode ter o seu RNTRC (Registro Nacional de Transportadores Rodoviários de Cargas) bloqueado. No começo de setembro deste ano, a ANTT divulgou uma instrução que regulamenta a sua supervisão, definindo as maneiras como as transportadoras devem atestar a aquisição dos três seguros. Segundo a ANTT, está programada a verificação também nas estradas.

Fonte: Frota & Cia

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Caminhão

Caminhões novos usam “banguela tecnológica” para economizar combustível

Os custos com serviços e produtos de todos os tipos subiram consideravelmente nos últimos anos. No setor de transportes, não foi diferente, especialmente quando se fala no consumo de combustível, que hoje é o maior custo nessas operações.

Por isso, transportadores e montadoras têm tentado economizar cada gota de combustível, a fim de aumentar o lucro final. Foi assim que surgiu uma tecnologia que imita uma operação antiga dos caminhoneiros, a famosa “banguela”.

Nos caminhões mais antigos, com câmbio manual, os motoristas usavam um artifício conhecido como banguela. Em declives longos, o motorista mudava a posição da alavanca de transmissão para o neutro – ou ponto morto – a fim de economizar combustível.

Nos declives, a força da gravidade se encarregava de manter o caminhão rodando enquanto o motor estava em marcha lenta, mesmo em altas velocidades.

Apesar da economia, o sistema apresentava riscos, principalmente de falta de freios e redução do controle do motorista sobre o veículo. Além disso, os freios do caminhão poderiam ser mais exigidos em várias situações pela falta do freio motor.

Com o tempo, a prática acabou até sendo desaconselhada por causa dos riscos e porque o motor continuava a queimar combustível mesmo em marcha lenta. Mas, nos últimos anos, as montadoras de caminhões redescobriram a banguela em modelos mais tecnológicos e equipados com transmissões automatizadas.

Nesses veículos mais modernos, a banguela é eletrônica. O caminhão usa informações de GPS e dados de mapas topográficos para fazer uma leitura precisa da estrada. Sabendo onde está, o caminhão consegue executar a banguela de forma extremamente precisa e controlada. Precisa porque a tecnologia desacopla e refaz o acoplamento das marchas de forma extremamente rápida, evitando que o motorista perca o tempo do engate da marcha, como acontecia em caminhões antigos. E controlada porque o motorista ainda domina a tecnologia. Qualquer toque no freio ou no acelerador faz o caminhão reacoplar a marcha correta de maneira quase instantânea.

Porém, do mesmo jeito que o “jeitinho” antigo, a banguela eletrônica ainda mantém o motor funcionando e consumindo combustível. Com isso, o motor gasta cerca de 3 litros por hora em marcha lenta. Considerando um bitrem gastando cerca de 1 litro de diesel a cada dois quilômetros rodados, sem o sistema, o caminhão consumiria cerca de 40 litros para ser conduzido por uma hora.

No final das contas, a economia é pequena, uma média de 2%, a depender do tipo de operação que o caminhão faz, mas, no fim da vida útil do modelo, pode fazer uma enorme diferença no bolso do proprietário.

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Caminhoneiro

Caminhoneiros e motoristas protegidos por novo seguro obrigatório

Portaria da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) publicada hoje no Diário Oficial da União garante que o caminhoneiro que estiver fazendo transporte remunerado terá direito a seguro para acidentes envolvendo terceiros. A medida dá segurança jurídica ao caminhoneiro, transportadores e toda a sociedade, pois passa a exigir que em toda a viagem o seguro para acidentes envolvendo terceiros seja obrigatório. Quem paga pelo seguro é o contratante do frete e o caminhoneiro contratado não pode ser cobrado por isso.

O RC-V (nome do novo seguro) garante que no caso de acidente com caminhoneiro, e comprovada a culpa, haverá recursos para pagamento por danos materiais e físicos do terceiro, incluindo veículos e estrutura nas estradas, por exemplo, pontes, guardrail.

A norma define como será a fiscalização da contratação dos três seguros obrigatórios do transporte rodoviário de cargas. São eles o RCTR-C (Responsabilidade Civil do Transportador Rodoviário de Carga), o RC-DC (Responsabilidade Civil por Desaparecimento de Carga) e o RC-V (Responsabilidade Civil de Veículo). 

“O seguro RC-V, que é o mais novo dos três seguros, dá uma segurança em questão de responsabilização civil do transportador quando ele causa dano a terceiros. Isso traz tranquilidade segurança e proteção a ele”, afirma José Aires Amaral Filho, superintendente de Serviços de Transporte Rodoviário e Multimodal de Cargas da ANTT, que assina a portaria.

Cobertura do seguro

O RC-V garante a capacidade de pagamento financeiro do prejuízo do terceiro. “Por exemplo, danificou uma rodovia ou causou um prejuízo, ele vai estar acobertado pelo seguro. Quem está na atividade muitas vezes acaba ocasionando algum sinistro e se vê obrigado a ter um dinheiro para cobrir danos a terceiro. O RC-V vem exatamente para isso”, explica. 

O seguro RCTR-C, que cobre danos à carga durante o transporte, sempre foi obrigatório. A partir da lei 14.599, de 2023, além da criação do RC-V, o RC-DC, que era facultativo para cobrir roubos e furtos de carga, também passou a ser obrigatório.

Com a obrigatoriedade definida por lei e com a fiscalização regulamentada pela portaria publicada hoje, o transportador que não comprovar que fez os três seguros terá suspenso o seu RNTRC (Registro Nacional de Transportadores Rodoviários de Carga) e ficará impedido de carregar.

Fiscalização em pista

“A ANTT vai iniciar a fiscalização, primeiro, focada em pista. Num segundo momento, a fiscalização será eletrônica e automática, vinculando ao cadastro RNTRC. Ou seja, o transportador, para ficar ativo, ele vai precisar estar com os seguros obrigatórios em dia”, afirma Amaral.

O superintendente da ANTT também explica como deve ser a contratação do seguro. “Se o caminhoneiro for subcontratado, a responsabilidade é da empresa que o subcontratou. Para o RCTR-C e o RC-DC, ele estará como preposto da empresa. Para o RC-V, a empresa terá que contratar uma apólice específica para aquele seguro.”

Fonte: O Caminhoneiro Legal

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Abastecimento Caminhão

Mudanças no diesel podem impactar caminhões mais antigos

Os caminhoneiros devem ficar atentos ao novo Diesel B15, que passou a ser comercializado em postos de todo o país a partir de 1º de agosto. O sufixo B15 faz referência à porcentagem de biodiesel na mistura, agora alterada para 15%.

A mudança foi aprovada no final de junho pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), elevando a mistura de biodiesel no diesel e também de etanol na gasolina.

Antes, o biodiesel equivalia a 14% da quantidade total do combustível vendido nos postos. A mudança, de 1%, pode parecer pequena, mas, para os caminhões, pode ter um impacto significativo.

E isso é potencializado em veículos mais antigos. Estudos mostram que os modelos de caminhões produzidos com sistema de injeção mecânica de combustível, a famosa bomba injetora, podem perder potência e torque, na faixa de até 5%, porque o biodiesel tem menor densidade energética.

Além disso, o biodiesel tem uma característica de geração de depósitos nos tanques dos caminhões, popularmente conhecida como borra. Essa borra pode ser sugada pelo sistema de combustível e atingir filtros, bicos injetores e outros componentes, causando entupimentos e outros problemas.

Com esses problemas, os motoristas precisam ter maior atenção aos componentes do sistema de injeção de combustível, analisando constantemente os filtros, as mangueiras e até mesmo o tanque, para eliminar a possibilidade de surgirem problemas no veículo.

Porém, apesar dos problemas, o Governo Federal afirma que a mudança para o Diesel B15 traz uma série de benefícios ambientais, como redução da dependência brasileira de combustíveis fósseis, diminuindo a necessidade de importações, especialmente em um momento de incertezas no mercado global.

As medidas também ampliam o uso de combustíveis renováveis produzidos no Brasil, fortalecendo a produção nacional e contribuindo, ainda, para a redução de emissões e para o desenvolvimento econômico do país. O CNPE destaca que essa decisão foi embasada em rigorosos testes de desempenho com veículos.

Para o órgão, a aprovação do B15 – que eleva a mistura de biodiesel no diesel – representa um avanço importante para a descarbonização do transporte pesado, um dos setores mais desafiadores na redução de emissões de gases de efeito estufa. A medida reforça o papel estratégico dos biocombustíveis na construção de uma matriz de transporte mais limpa e sustentável.

O B15 também traz impactos positivos expressivos para a economia e a sustentabilidade. A expectativa é de mais de R$ 5 bilhões em investimentos em novas usinas e unidades de esmagamento de soja, além da criação de mais de 4 mil novos postos de trabalho, incluindo atividades de esmagamento e refino de óleo vegetal.

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caminhoneira Caminhoneiro

Caminhoneiros têm linguagem secreta nas estradas

Sendo você caminhoneiro ou não, já deve ter pegado uma estrada diversas vezes em sua vida. Durante essas jornadas por aí, já deve ter visto caminhões usando suas luzes de forma misteriosa, como pisca-alertas indicadores de direção e os faróis altos com piscadas. Pois saiba que esses sinais luminosos são uma linguagem secreta dos caminhoneiros.

Os motoristas usam os pisca-alertas e os faróis dos seus caminhões como uma forma de comunicação não verbal essencial nas estradas – um tipo de conversa cooperativa entre eles.

Se você segue atrás de um caminhão, o motorista do veículo pesado sinaliza com o pisca-alerta para a direita ou para a esquerda, com duas ou três piscadas. Se for para a esquerda, quer dizer que o momento não é propício para uma ultrapassagem, como em um trecho com curvas ou tráfego vindo em sentido contrário.

Se o pisca-alerta for usado para a direita, o caminhoneiro está avisando que o trecho à frente permite uma ultrapassagem segura. Porém, como todo bom motorista, você deve ter certeza disso antes de iniciar a manobra.

Essa comunicação é crucial, pois caminhões, por seu tamanho e peso, têm menor agilidade, e o motorista nem sempre consegue visualizar todos os pontos ao redor do veículo.

Já os faróis são usados para alertar os motoristas que vêm em sentido contrário. Eles usam o sinal com o farol alto para indicar a presença de um acidente, animais na pista ou até fiscalizações policiais à frente. À noite, alternar entre farol alto e baixo também serve para chamar a atenção de outros motoristas, especialmente em situações de risco iminente.

Mesmo sem dizer nenhuma palavra, esse tipo de comunicação é extremamente importante para os motoristas, refletindo a solidariedade que existe entre esses profissionais, e, apesar de não estar em nenhum manual de trânsito, é uma linguagem universal, amplamente aceita e compreendida, que contribui para a segurança e harmonia no trânsito.

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Caminhão

Você sabia que alguns acessórios são proibidos em caminhões?

Todos os dias, você está com seu caminhão na estrada, rodando por centenas de quilômetros, e, no trajeto, encontra uma infinidade de outros caminhões, todos diferentes. Boa parte deles com personalizações feitas pelos próprios proprietários, com a inclusão de acessórios e modificações em seus componentes originais.

A prática é muito comum e uma forma de os motoristas deixarem o caminhão do seu jeito, transformando um modelo-padrão em um veículo exclusivo na rodagem. Mas você sabia que muitas dessas modificações nos veículos são proibidas?

Isso porque o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) define as regras sobre o que pode e o que não pode nos veículos com o objetivo de promover a segurança nas estradas.

Entre as modificações e os acessórios proibidos estão:

Instalação de capas de porcas pontiagudas

Popularmente conhecidas como Capas Americanas ou Spike, as capas das porcas dos parafusos das rodas dos caminhões foram uma febre há algum tempo, mas o estilo traz riscos, já que a parte afiada do acessório pode causar ferimentos em pedestres e ciclistas. Além das capas de porca, outros elementos do caminhão também não podem ter partes protuberantes ou cortantes.

Mudanças na iluminação

Uma modificação muitas vezes proibida é a instalação de luzes adicionais ou modificações nos elementos existentes. Faróis com lâmpadas comuns não podem receber iluminação de LED ou xênon, por exemplo, pois podem ofuscar outros motoristas. Os veículos que saem de fábrica com essa iluminação têm sistemas de regulagem automática dos faróis.

Outro tipo de mudança na iluminação que é proibida é a instalação de lanternas traseiras conhecidas como foguinho. Geralmente são pequenas luzes redondas, na cor laranja ou vermelha, que são alterações na característica original. Se não forem da cor âmbar, a mesma usada nas lanternas, também estão em desacordo com as normas do Contran.

Painéis luminosos

Em toda rodovia que você roda, passam veículos equipados com painéis e letreiros digitais no para-brisa, mas esse também é um acessório proibido em caminhões. Os letreiros digitais são permitidos apenas em ônibus, mas exclusivamente para mostrar o itinerário da viagem.

Películas escuras nos vidros

O Contran também define regras específicas para instalação de películas escuras nos vidros, especialmente no para-brisa e nos vidros das portas dianteiras. Essas películas podem reduzir a visibilidade do motorista durante a noite e causar acidentes.

Alterações na suspensão

Outra prática comum nos caminhões é a alteração da suspensão traseira, especialmente com a instalação de calços ou molas adicionais. Com isso, o veículo fica angulado para a frente. Essa alteração não é totalmente proibida, mas tem limite: são permitidos apenas dois graus de inclinação por metro de chassi, ou seja, cerca de 3,5 centímetros de altura adicional por metro do chassi. Por exemplo, um caminhão com dez metros de comprimento pode ser elevado em até 35 centímetros.

Multa e retenção para regularização

Praticamente todos os acessórios e modificações não permitidos nos caminhões resultam em multas, que variam de valor e de pontuação na CNH, dependendo do tipo de infração, além da retenção do veículo para regularização. Então é bom ficar muito atento antes de deixar o caminhão daquele jeito!

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caminhoneira Caminhoneiro lei do descanso

Lei do Descanso é debatida no Senado

Recentemente, foi realizada, na Comissão de Infraestrutura do Senado Federal, uma audiência pública sobre a Lei do Descanso, que trata dos tempos de jornada dos motoristas profissionais, como caminhoneiros e motoristas de ônibus.

A audiência foi realizada a pedido do senador Esperidião Amin por considerar a lei contraditória. De acordo com ele, apesar de estar no papel e ser necessária, não há como os caminhoneiros cumprirem os descansos regulamentares por falta de infraestrutura e locais de parada.

O que diz a lei

A Lei nº 13.103/2015, conhecida como Lei do Descanso, regula as condições de trabalho dos motoristas profissionais no Brasil, incluindo os tempos de jornada e descanso. Abaixo, você pode conferir um resumo sobre os principais pontos relacionados à jornada de trabalho e aos períodos de descanso:

  • Jornada de trabalho

A jornada-padrão é de 8 horas diárias, podendo ser acrescida de até 2 horas extras, totalizando 10 horas por dia. 

Por acordo coletivo, as horas extras podem chegar a 4 horas, elevando a jornada a 12 horas diárias.

  • Tempo de direção

O motorista não pode dirigir por mais de 5h30 ininterruptas. Após esse período, é obrigatório um descanso de no mínimo 30 minutos. 

Esse intervalo pode ser fracionado ao longo do dia, desde que o tempo total de pausa seja respeitado e que o primeiro descanso ocorra dentro das 5h30 de direção.

  • Descanso diário

Todo motorista deve ter um repouso diário de pelo menos 11 horas a cada 24 horas. 

  • Descanso semanal

É garantido um descanso semanal de 35 horas consecutivas a cada semana trabalhada. 

Em viagens longas (superiores a 7 dias), esse descanso pode ser acumulado e tirado ao retornar, mas não pode ultrapassar 3 semanas sem o repouso semanal.

  • Intervalo para refeição

O motorista tem direito a 1 hora de intervalo para refeição, que pode ser coincidente com o descanso de 30 minutos após as 5h30 de direção, desde que registrado.

Essas regras visam garantir a segurança nas estradas, reduzindo a fadiga dos motoristas, e se aplicam tanto a motoristas de transporte de cargas quanto de passageiros. A lei também prevê penalidades para empregadores que descumprirem essas normas, além de flexibilizações em situações específicas, como em viagens de longa distância.

Audiência pública

Apesar de a importância da lei ser inegável, entidades ligadas ao setor dizem que o cumprimento das regras é impraticável, porque a infraestrutura nas rodovias não acompanhou a evolução da legislação e as necessidades dos profissionais.

Além disso, faltam locais para estacionamento de caminhões. Atualmente, a frota registrada de veículos comerciais no Brasil é superior a 2,6 milhões de caminhões (inscritos no RNTRC) e não há vagas para todos.

Para os participantes, até que uma solução mais abrangente seja apresentada, deveriam ser propostas alternativas viáveis, factíveis e com espelhamento na realidade dos motoristas, que não se restrinjam à aplicação de multas.

Como resultado da reunião, uma minuta de documento será elaborada nos próximos dias, com a participação de senadores e deputados e apoio da Consultoria Legislativa do Senado.

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Caminhoneiro

O caminhoneiro precisa planejar a aposentadoria

Viver na estrada não é fácil. São diversos desafios diários, e o caminhoneiro enfrenta uma rotina bastante desgastante, tanto física quanto psicologicamente. Por isso, desde que começa a viver atrás de um volante, o motorista profissional precisa planejar o momento de se aposentar, o que é ainda mais importante se ele é um motorista autônomo.

Isso porque a aposentadoria é um assunto que não é bem planejado pela maioria das pessoas. Chega uma hora na vida em que a saúde física já não vai permitir longas viagens, com muitas horas sentado, estresse, exposição a condições adversas e pouco tempo para cuidados pessoais.

Com os anos, chegam também problemas relacionados à profissão, como dores na coluna, além de outras doenças trazidas pela vida sedentária. O caminhoneiro trabalha sentado e se exercita muito pouco, o que pode causar problemas relacionados à pressão arterial, coração etc.

Mesmo amando a estrada, a hora de parar vai chegar. Nesse momento, quando se olha para trás, o melhor é ter realizado um planejamento financeiro, guardando parte do que se ganha todos os meses para ter uma fonte de renda na aposentadoria.

O caminho mais comum é o pagamento de planos de aposentadoria privados ou mesmo pelo INSS. Os motoristas autônomos precisam cuidar da saúde financeira ainda mais. Eles não têm direitos como FGTS ou aposentadoria garantida por empregador.

Os planos de aposentadoria privada, oferecidos pela maioria dos bancos, pede que o beneficiário faça pagamentos mensais de valores de acordo com sua renda. Esse dinheiro fica no banco, que faz a rentabilização dos fundos por alguns planos de investimento.

Depois do período escolhido, o motorista pode resgatar o valor total ou receber parcelado, mensalmente.

E, além do cuidado financeiro, o caminhoneiro precisa cuidar da saúde física. Isso é importante para poder aproveitar a aposentadoria, conviver com os filhos e netos e desfrutar daquela que é chamada de “Melhor Idade”!

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Caminhoneiro, fique atento às restrições de tráfego nas rodovias federais em 2025

Na última semana, a Polícia Rodoviária Federal publicou a Portaria DIOP/PRF nº 6/2025, que apresenta as datas em que o tráfego de alguns tipos de caminhões será restrito nas rodovias federais de pista simples. A medida se deve ao aumento do fluxo de veículos leves nos feriados e visa aumentar a segurança.

De acordo com a PRF, feriados como Carnaval, Semana Santa, Nossa Senhora Aparecida, Natal e Ano-Novo terão diversas restrições de tráfego para caminhões.

A limitação é para veículos ou combinações de veículos, passíveis ou não de Autorização Especial de Trânsito (AET) ou Autorização Específica (AE), cujo peso ou dimensão exceda qualquer um dos seguintes limites regulamentares:

  • Largura máxima: 2,60 metros.
  • Altura máxima: 4,40 metros.
  • Comprimento total: 19,80 metros.
  • Peso Bruto Total Combinado (PBTC) para veículos ou combinações de veículos: 58,5 toneladas.

A restrição abrange o trânsito de Combinações de Veículos de Carga (CVC), Combinações de Transporte de Veículos (CTV) e Combinações de Transporte de Veículos e Cargas Paletizadas (CTVP), ainda que autorizadas a circular por meio de Autorização Especial de Trânsito (AET) ou Autorização Específica (AE).

Esses são caminhões como rodotrens e cegonhas, que ultrapassam as medidas regulamentares do Contran.

A portaria também destaca que a proibição abrangerá apenas os trechos rodoviários de pista simples e os trechos de pista dupla compreendidos entre os km 0 e 231 da BR-116 e km 0 e 5 da BR-488, no estado de São Paulo, além dos km entre 60 e 64,4 da BR-319, no estado de Rondônia (essa última restrição, apenas no período da Operação Carnaval).

Nos estados do Acre, Amazonas, Amapá, Pará e Roraima, não haverá restrições de circulação de trânsito.

No estado de Rondônia, somente haverá a restrição de circulação no período da Operação Fim de Ano, além da restrição apontada no § 2º (entre os km 60 e 64,4 da BR-319, no estado de Rondônia, apenas no período da Operação Carnaval). Os motoristas flagrados descumprindo as restrições serão multados e terão os veículos retidos até o final do horário da restrição. Veja todas as datas abaixo. Mais informações e mudanças nas restrições podem ser consultadas no link https://www.gov.br/prf/pt-br/seguranca-viaria/restricao-de-trafego/restricao-de-trafego-2025.

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Fenatran 2024 é um marco do setor de transportes no Brasil

Mais de 600 marcas expondo produtos, serviços, novidades e tecnologias voltadas ao setor de transporte devem atrair mais de 70 mil pessoas ao São Paulo Expo nesta semana. Entre os dias 4 e 8 de novembro de 2024, acontece a Fenatran, um importante marco na evolução do setor de transportes no Brasil.

Nesta edição da feira, todas as montadoras de caminhões do país estão expondo suas principais novidades, com vários lançamentos de caminhões com modelos exclusivos e séries especiais, além de protótipos que trazem tecnologias inovadoras, que chegarão ao mercado futuramente.

No setor de implementos rodoviários não é diferente, são dezenas de marcas mostrando seus produtos, que deixaram de ser apenas carrocerias puxadas pelos caminhões para se tornar parte integrante de um sistema cada vez mais inteligente, com conectividade de ponta e designs únicos, algo que não era visto nesse setor até poucos anos atrás.

A feira também tem outras tantas empresas do setor que mostram tecnologia em detalhes inimagináveis, como os pneus, que agora também são conectados.

E o tamanho dessa Fenatran, com 100% dos espaços comercializados, só mostra a importância desse segmento, que movimenta a economia nacional de forma cada vez mais rápida, organizada e tecnológica.

Para se ter noção da grandiosidade do evento, só visitando e vendo de perto cada um dos milhares de detalhes apresentados.